terça-feira, 3 de abril de 2012

Por que reduzir o sal no prato do seu filho


Olá Queridos,
Vi essa matéria na revista Crescer e achei bem jóia!
Dêem uma olhada:

Pães, cereais, biscoitos, sucos e bolos industrializados. Essa lista faz parte da alimentação do seu bebê? Então, atenção. Ele pode estar consumindo mais sódio do que o necessário e, segundo uma pesquisa norte-americana, aumentando o desejo por comidas salgadas. E quanto mais sal na alimentação, você já sabe, maior são os riscos de hipertensão, problemas cardíacos e até derrame na fase adulta.

Para descobrir quando as crianças passam a gostar do sabor salgado, pesquisadores do Centro de Ciências Químicas Monell, na Filadélfia, nos Estados Unidos, fizeram um estudo pioneiro com 61 bebês de 2 meses e depois repetiram quando as crianças completaram 6 meses. Nos dois momentos, eles ofereceram três mamadeiras aos bebês. Uma com água, outra com uma solução com 1% de sal e a última com uma solução com 2% de sal.

Para analisar a preferência pelo sal de cada criança, pesquisadores compararam quais das mamadeiras eles tomaram por mais tempo. Os bebês foram categorizados por suas preferências. Se eles tomaram mais da mamadeira com mais sal, se rejeitaram a com sal e tomaram mais água e, por fim, se tomaram a mesma quantidade de cada mamadeira.

Aos 2 meses, os pesquisadores perceberam que os bebês foram indiferentes à solução com 1% de sal e rejeitaram a solução mais salgada. Mas, aos 6 meses, quando repetiram o experimento, os cientistas notaram que as crianças tinham desenvolvido um gosto maior por sal e preferiram a solução com 2% de sódio. Isso aconteceu principalmente com aquelas, cujos pais já haviam incluído pães, bolachas e bolos na alimentação. Os bebês que continuavam comendo frutas e verduras, sem acréscimo de sal, preferiram a mamadeira com água.

Segundo a cientista Leslie Stein, autora do estudo, quanto mais os pais puderem evitar a introdução de produtos industrializados e o acréscimo de sal na alimentação da criança, menor será a preferência dela por sal e, por consequência, menores serão as chances de desenvolver problemas por conta do excesso de sal no futuro.

É importante reforçar que os bebês não sentem falta de sal na comida. O leite materno e as fórmulas têm sabores adocicados. As primeiras papinhas são feitas com frutas. Ou seja, o bebê pode até estranhar o sabor salgado (lembra da careta que ele fez a primeira vez que comeu uma papa salgada?). Por isso, você não precisa acrescentar sal na comida do seu filho. “Se possível, prefira legumes mais doces, como mandioquinha e beterraba para preparar a primeira papinha. E não esqueça que ela deve estar insossa para o seu paladar, mas vai estar ótima para o seu bebê, pois os alimentos já têm a quantidade necessária de sódio que seu filho precisa”, diz o pediatra Ricardo Luiz Fonseca, do Hospital Santa Catarina (SP).

E quando não tiver mais jeito de fugir dos alimentos industrializados, use a regra dos 6%, como ensina Fonseca. “Na hora de comprar os produtos, dê uma olhada no rótulo e veja se a quantidade de sódio que ele tem é menor ou igual a 6% da alimentação diária. Dessa forma, você garante que seu filho não exagere no sal e não precisa ficar fazendo conta em frente a cada prateleira”, completa.

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